IZ desenvolve produto natural capaz de combater carrapatos em bovinos em 24 horas
Perdas decorrentes da infestação de carrapatos em bovinos chegam a mais de US$ 3 bilhões por ano no Brasil
APTA - Um produto natural com capacidade para combater os carrapatos em bovinos de forma eficiente e rápida está sendo desenvolvido pelo Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com a empresa HYG System.
APTA - Um produto natural com capacidade para combater os carrapatos em bovinos de forma eficiente e rápida está sendo desenvolvido pelo Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com a empresa HYG System.
Em 24 horas, o produto inédito consegue eliminar cerca de 80% dos carrapatos, enquanto os carrapaticidas sintéticos disponíveis no mercado levam cerca de uma semana. Segundo os pesquisadores do IZ, no mundo todo empresas e cientistas buscam o desenvolvimento de formulações alternativas para o controle dos carrapatos em bovinos, devido à resistência deles aos produtos químicos. O IZ é ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
O produto a base de óleos essenciais está sendo pesquisado pelo IZ desde 2015. No ano passado, o projeto recebeu aporte financeiro da empresa HYG System.
O diferencial do produto é a não utilização de composto sintético em sua formulação e a ação rápida sobre os carrapatos. Em testes in vivo, ou seja, realizados no animal, em 24 horas há morte das fêmeas, o que reduz em 80% a contagem de carrapatos nos animais logo na primeira semana.
O teste in vitro mostrou 100% de mortalidade da fêmea, que nem chega a por ovos. “Normalmente, os produtos químicos utilizados na forma de aplicação Pour-on (aplicação no fio do lombo) atualmente demoram de sete a 10 dias para começar a agir. Quanto mais rápida a eliminação dos carrapatos, principalmente das fêmeas que sugam o sangue do animal, mais rápida será sua recuperação de peso e de produtividade”, explica Leandro Rodrigues, aluno de pós-graduação do IZ que integra o projeto de pesquisa.
Fonte: Apta
Foto: Paulo Palma Beraldo/De Olho no Campo